sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Vestida e Nua...





Certa feita, terminando o carnaval, peguei um taxi com 3 amigos e fomos, falando sobre tudo que tínhamos vivido nos dias antecedentes, e como todo taxista que se preze, o rapaz se envolveu na conversa, e danou-se a rir, e contar suas feitas de anos passados...
Até que chegamos na problemática da mulher. O que era aquilo para nós às 4 da madrugada, se esse objeto de desejo masculino, o que faz, em muitos homens, serem o motivo de viver, viver bem, no caso.
E conversamos ‘machistamente’ sobre o sexo posto, e danaram-se discussões durante o caminho, até que já sem saber se falávamos bem ou mal, mas, como já não havia mais argumento, todos calaram, pensaram, e no ímpeto machista (embriagado), o motorista fala com toda vontade, ‘Mulher só serve nua, quando põe a roupa já não é a mesma mulher...’

Não levei muito em consideração o que ele disse, achei bobagem, mas como sempre rola um pouco de sabedoria em tudo sabe? Eu lembrei disso na manhã seguinte, e mesmo sendo machista, o pensamento ficou cheio de sabedoria no momento, e fez refletir de tudo. Será? Que toda essa vaidade não esconde uma pessoa completamente diferente quando existe intimidade?

Não tenho tanta experiência com mulheres assim, mas, com base no que presenciei, sem roupas elas são completamente diferentes, e isso não aplico ao sexo, nem ao fato de estarem excitadas na maioria dos momentos. Acontece que desarmam de toda aquela pompa e firmeza, não sei bem dizer, mas vê-las caladas diante de certas situações, surdas, totalmente diferentes. Talvez por isso os homens não as entenda, pelo fato de serem os mesmos com e sem roupa, falando de sexo, não muda muito se tem um Pau ou um paletó, no fundo, talvez bem, no fundo mesmo, mas a maioria das vezes não, é bem rasinho... eles estão pensando em sexo, ou em mulher, o que normalmente acarretará no mesmo. Mas aqui não entra em questão a relação homem bom versus homem canalha. O sexo impera em ambos. Mas isso é claro, óbvio.

Já nas mulheres não né? Que por mais que saibamos que é bom igualzinho para elas, sempre agem como se fosse um favor ao sexo masculino. Mas quando tiram aquele vestido lindo, ou seja lá qual roupa que seja (porque até no pijama tem vaidade), elas se transformam no que eu ousadamente chamo de, homem sem pau. Ponto, chegamos, porque lá é que elas são elas, que dizem o que sentem, o que fazem, o que querem de verdade ( deixando um pouco de lado aquele ‘Você que sabe’), e tomam decisões, e agem como querem, como são.

Claro que aqui não generalizo, de forma nenhuma, acredito que exista a mulher que vive nua todo o tempo, mas, não sei se gostaria de conhecê-la.
Raciocínio bob, só de reflexão de alguém que nem sequer de longe, quer entender as mulheres, nem os homens, nem (e isso de verdade), se entender.


Na ilustra um trabalho http://www.monicacookart.com
E na caixa: garoto de aluguel – Zé Ramalho.

2 comentários:

  1. eu gostei tanto das obras de Monica Cook que postei no twitter. Depois lhe seu texto... Bom texto! Boas verdades! O taxista só analisa até a roupa. e você p/ mim ficou meio em cima do muro tb. ou não?

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  2. Sabe de uma coisa? Perfeito... vc talvez entenda mais das mulheres do que pensa.

    Quando nos tornamos animais, somos mais naturais. Quando estamos no cotidiano temos regras, n só aquelas que a sociedade impôs, mas também aquelas que o homem impôs e que as mulheres, algumas sem perceber outras contra a sua vontade seguem e por fim aquelas que elas mesmas impuseram, ou melhor nós, já que sou mulher huhu
    No sexo tudo pode, no cotidiano n.

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